11.3.10

ΦΕΛΙΠΑ ΝΤΕ ΣΟΟΥΖΑ

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Felipa de Souza (1556, Portugal – 1600, Brazil) was a woman who had romantic relationships with other women during the Brazilian colonial era. She was accused of sodomy and because of that she fell victim of the Catholic Inquisition.
Her name was adopted by the International Gay and Lesbian Human Rights Commission to name its annual human rights prize. Nominations for the award are solicited each year from activists around the world. Nominees go through a rigorous review by the staff, board and the International Advisory Committee of IGLHRC.
Felipa Award winners include: Andrés Ignacio Rivera Duarte; the Iranian Queer Organization (IRQO); the Blue Diamond Society (BDS) of Nepal; Rauda Morcos, founder of ASWAT (Voices) the first group for Palestinian lesbians; Gays and Lesbians of Zimbabwe (GALZ), the first organization to push for the human rights of LGBT people in Zimbabwean society and to provide counseling services and HIV/AIDS prevention campaigns; Simon Tseko Nikoli, the famed LGBT/HIV activist from South Africa; Jamaica Forum for Lesbians, All-Sexuals and Gays, whose leader Brian Williamson was murdered in 2004; Lohana Berkins, a globally recognized transgender activist from Argentina; and Maher Sabry, the Egyptian activist who notified IGLHRC of the arrests of the Cairo 52, a group of 52 men who were arrested by the Egyptian police at a Cairo gay nightclub in 2001.


Felipa de Souza
Nascida em Tavira-Algarve, Portugal, veio para o Brasil em data ignorada. Viúva e casou novamente com o pedreiro Francisco Pires, em Salvador, era alfabetizada, um fato extraordinário na época. Tinha 35 anos quando ocorreu a primeira visitação do Tribunal do Santo Ofício, denunciada porque gostava de mulheres. Foi denunciada por práticas nefandas e presa em 18 de dezembro (1591), acabou confessando inúmeros casos com pessoas do mesmo sexo, envolvendo mais seis mulheres moradoras de Salvador. No processo, a cristã-velha Paula de Siqueira, 40 anos, pressionada por possuir um livro proibido em sua casa, acabou revelando seu romance e tornou-se sua principal acusadora. Em um dos depoimentos afirmou que "... estando ela confessante em sua casa nesta cidade, veio a ela a dita e ambas tiveram ajuntamento carnal uma com a outra por diante e ajuntando seus vasos naturais um com o outro, tendo deleitação e consumando com efeito o cumprimento natural de ambas as partes como se propriamente foram homem com mulher". Cerca de 29 mulheres foram denunciadas como praticantes do lesbianismo, mas ela foi a mais castigada de todas. Foi severamente punida pela Inquisição, tendo como pena a o açoite público. Condenada ao degredo, foi obrigada a ouvir sua sentença na igreja da Sé, em pé, com uma vela acesa na mão e trajando uma veste de linho cru áspero usada para identificar os heréticos, enquanto seus pecados e crimes eram declamados em voz alta. Após ter sido exposta publicamente, foi presa ao pelourinho, açoitada cruelmente e expulsa para sempre da capitania (1592). Depois de expulsa não se teve notícias de seu padeiro. Paula teve uma pena bem mais branda, provavelmente por ser a mulher do contador da fazenda, e foi condenada a 6 dias de prisão depois de pagar 50 cruzados, mais duas aparições públicas como ré e algumas penalidades espirituais. Por ter sido a mulher mais humilhada e castigada da colônia, como homenagem seu nome criada a ONG Felipa de Souza (1998) e o principal prêmio internacional de direitos humanos dos homossexuais, o Prêmio Felipa de Souza. O Tribunal do Santo Ofício da Inquisição foi instalado em Portugal (1536) e perdurou por quase três séculos (1591-1821), período em que também atuou nas colônias portuguesas. O Santo Ofício chegou logo ao Brasil (1591) através do padre português e Visitador da Inquisição Portuguesa, primeiro inquisidor oficial nas terras brasileiras, Heitor Furtado de Mendonça, que anunciou, em Salvador, Bahia, o Edital da Fé, a lei da Inquisição, a partir dali em vigor na Colônia.

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