18.6.07

ΔΥΟ ΜΠΑΜΠΑΔΕΣ, ΤΡΕΙΣ ΚΟΡΕΣ ΚΑΙ ΕΝΑΣ ΓΙΟΣ

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Sete meses depois de conseguir a guarda provisória de quatro crianças - três meninas e um menino - um casal de homossexuais de Ribeirão Preto, a 314 km de São Paulo, ainda está aprendendo a viver em família. Os dois vivem juntos há 16 anos, mas agora estão aprendendo a ser pais.
São Paolo (terra.com.br, 10/6/07)
A decisão da Justiça em dar a guarda provisória para o casal de cabeleireiros, João Amâncio, 34 anos, e Edson Paulo Torres, 40 anos, partiu de uma carta entregue em dezembro de 2006 pela menina mais velha de 10 anos que manifestou o interesse em ser adotada, juntamente com os três irmãos.
Desde então, muita coisa mudou na vida dos seis. As notas das crianças na escola melhoraram, a relação do casal foi fortalecida e as quatro crianças estão mais motivadas. "Todo dia é um aprendizado diferente, aprendemos muito com eles e temos a convicção de que já somos um espelho", relata John, como é conhecido João Amâncio.
Torres foi casado e tem três filhos biológicos, há 15 anos vive com John. A motivação em adotar outros filhos, surgiu depois do caso de Catanduva, em que um casal homossexual também de cabeleireiros conseguiu adotar uma menina. Foi então que no dia 18 de dezembro de 2006 os dois procuraram o abrigo Casa Caribe em Ribeirão Preto.
Foi quando o casal conheceu a pequena Sônia (nome fictício), 10 anos e, sem saber da intenção dela em querê-los como pais, John comentou com a menina que seria muito difícil ela conseguir ser adotada junto aos irmãos. A conversa continuou e com ela a vontade de adotar a menina e um dos irmãos surgiu também.
Foi então que no dia seguinte eles foram chamados pelo juiz Paulo César Gentile, da Vara da Família de Ribeirão Preto, com a proposta da adoção dos quatro irmãos. O casal ficou sabendo da carta que a menina tinha enviado para o juiz, e decidiram adotar todas as crianças. "Meu pai teve quinze filhos, criou todos com muito esforço e dedicação. Se eu não der conta de criar quatro, que espécie de homem ele formou?", ressalta John.
¿Desde o primeiro dia tratamos os meninos como filhos, cada um tem particularidades, mas hoje posso dizer que somos uma família. Eles nos completam¿, afirma Torres. "Quando soubemos que fomos escolhidos algo diferente aconteceu, não foi uma simples comoção, mas sim a certeza de que nosso DNA não é explicado pela ciência, está gravado na alma", completa.
Ao ser indagada sobre o dia-a-dia com os pais, a pequena Sônia logo interrompe e diz: "Sabe o que é: antes eu era triste, sabia que não ia ver os meus irmãos crescerem. Mas quando Deus escolhe alguém ele não vê quantidade, ele vê coração. Ele escolheu a minha família e hoje eu entendo, agora eu sei o que é ter um pai, um não, dois", corrige a pequena que apesar dos dez anos demonstra grande maturidade.
O sonho do casamento
O próximo passo para o casal, além da guarda definitiva das crianças, é o casamento. John e Torres estão torcendo para que a lei que autoriza a união civil de homossexuais seja aprovada. "Termos filhos para nós já foi uma dádiva, poder chamar o John de esposo, perante a lei, vai comprovar o nosso amor para a sociedade", disse Torres. "Nós dividimos tudo o que conquistamos. Torres tem as coisas dele e eu tenho as minhas. Um ajuda o outro e na hora do aperto um até empresta dinheiro para o outro. Juntos nós temos uma chácara e quando adotamos as crianças tivemos que financiar outro carro, fizemos isso para quando formos viajar não precisar separar as crianças", disse John.
Se eles pensam em parar? A resposta de Torres é rápida: "Não! Temos muita vontade de adotar outras crianças". "Os nossos filhos são um presente de Deus, mas temos certeza que ainda faltam alguns para serem desembrulhados", interrompe John que mantém a vontade de adotar outros dois meninos que conheceu no orfanato.

(Διαβάστε επίσης το σχετικό με το θέμα ποστ στο blog του Αλχημιστή )

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